Especialista aponta 5 sinais de que adolescentes podem estar consumindo antidepressivos de forma precoce

Especialista aponta 5  sinais de que adolescentes podem estar consumindo antidepressivos de forma precoce

Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial na utilização de antidepressivos, atrás apenas de países como Estados Unidos, Islândia, Austrália e Canadá.

Com vídeos que ultrapassam milhões de visualizações no TikTok, adolescentes brasileiros estão cada vez mais expostos a conteúdos que abordam o uso de medicamentos para ansiedade e depressão. A explosão de tutoriais, relatos pessoais e postagens de influenciadores explicando “para que serve” um determinado remédio criou um novo ciclo de curiosidade, busca por alívio imediato e automedicação precoce. 

A consequência desse fenômeno é alarmante,  quatro em cada cinco jovens afirmam ter feito uso de psicotrópicos ao menos uma vez, segundo levantamento da ONG Acorda Sociedade, realizado com 2.300 estudantes de ensino médio em seis capitais brasileiras.

De acordo com dados mais amplos da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os países com maior taxa de consumo de medicamentos antidepressivos na América Latina. A consultoria IQVIA, que audita o mercado farmacêutico global, apontou que o país ocupa o 5º lugar no ranking mundial de consumo de antidepressivos, atrás apenas de países como Estados Unidos, Islândia, Austrália e Canadá.

A influência direta das redes sociais

O TikTok, plataforma favorita de adolescentes, tem se tornado um canal informal de informação sobre saúde mental. Uma simples busca por “sertralina” ou “fluoxetina” retorna milhares de vídeos com conteúdos que vão de desabafos a explicações pseudocientíficas. O formato curto, emocional e facilmente compartilhável contribui para a banalização dos medicamentos.

“A linguagem informal e o alcance de influenciadores criam um cenário onde o antidepressivo é visto como uma solução mágica. Isso estimula a experimentação sem prescrição, o que representa um risco grave para a saúde mental e física desses jovens”, alerta Jair Soares, psicólogo e fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT).

Além disso, os próprios médicos têm utilizado as redes sociais para explicar efeitos colaterais e indicações clínicas. Embora o objetivo seja educativo, essa exposição excessiva tem efeito colateral: aumenta a curiosidade e a normalização do uso. Segundo a Fundação Fiocruz, adolescentes entre 13 e 17 anos já estão entre os principais consumidores de antidepressivos com e sem prescrição no país, com crescimento de 30% na última década.

Como identificar os sinais?

A automedicação entre adolescentes raramente começa de forma abrupta. Especialistas apontam comportamentos recorrentes que devem ser observados por pais e professores:

  • Mudanças bruscas de humor ou apatia prolongada
  • Afastamento de amigos e familiares
  • Distúrbios de sono ou alimentação
  • Queda no rendimento escolar
  • Interesse repentino por temas relacionados à depressão e ansiedade nas redes sociais

“O maior erro é minimizar esses sinais. A adolescência é, sim, uma fase de instabilidade, mas há um limite entre o que é esperado e o que exige atenção clínica. Escutar o jovem, validar suas emoções e buscar ajuda são atitudes fundamentais”, orienta Jair.

O papel da escola e da família

A escola desempenha papel crucial nesse cenário. Professores e orientadores educacionais, muitas vezes, são os primeiros a perceber mudanças no comportamento dos estudantes. Ter um protocolo de acolhimento, apoio psicopedagógico e contato com os responsáveis é fundamental.

Já em casa, especialistas recomendam que os pais mantenham um canal de diálogo aberto, evitem julgamentos e monitorem o consumo digital sem adotar posturas autoritárias. “O adolescente precisa sentir que pode pedir ajuda sem medo de punição ou crítica. Essa confiança é o primeiro passo para evitar a automedicação”, reforça Jair.

Quando procurar ajuda profissional?

O ideal é que qualquer uso de medicamento psicoativo por menores de idade seja acompanhado por psiquiatra e psicólogo. Além disso, o IBFT recomenda abordagens integrativas que considerem o histórico emocional do adolescente. A Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), aplicada por profissionais formados pelo instituto, busca tratar a origem da dor emocional por meio de um processo seguro de reestruturação de memórias e vivências.

“Trabalhar a causa e não apenas o sintoma é essencial. Muitos adolescentes recorrem aos remédios por não saberem nomear o que sentem. Quando conseguem acessar e elaborar essas emoções com segurança, o quadro costuma melhorar significativamente  e, muitas vezes, sem a necessidade de manter o uso prolongado de medicamentos”, conclui o psicólogo.

 

Sobre o IBFT

O Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT) é uma instituição educacional dedicada à formação de terapeutas especializados em saúde emocional. Fundado com o propósito de transformar vidas por meio do conhecimento, o IBFT oferece formações em diversas áreas, incluindo a Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), uma metodologia desenvolvida para tratar dores emocionais profundas. Com mais de 50 mil terapeutas formados no Brasil e no exterior, o instituto se destaca por sua abordagem prática e eficaz no tratamento de traumas, fobias, depressão, ansiedade e outros transtornos emocionais.

Para mais informações, visite o site ou o Instagram.

 

Sobre Jair Soares

Jair Soares dos Santos é psicólogo, terapeuta, hipnólogo, pesquisador e professor, além de ser o fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT). Criador da Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), sua trajetória é marcada por desafios pessoais que o motivaram a buscar soluções eficazes para o sofrimento emocional. Após enfrentar episódios de depressão e insatisfação com abordagens terapêuticas tradicionais, Jair dedicou-se ao desenvolvimento de uma metodologia que pudesse proporcionar alívio real e duradouro aos pacientes. Sua formação inclui graduação em Psicologia pela Faculdade Integrada do Recife e especializações em áreas como hipnoterapia e análise comportamental. 

Atualmente é doutorando em Psicologia pela Universidade de Flores (UFLO) na Argentina, onde desenvolve uma pesquisa com a TRG em pessoas com depressão e ansiedade, alcançando resultados promissores com a remissão dos sintomas nestes participantes. Há mais dois doutorados com a TRG a serem desenvolvidos neste momento.

Para mais informações, visite o Instagram.

 



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