
Estudo publicado na revista Science Advances (2020) pela equipe da NYU College of Dentistry revelou que usuários de cigarros eletrônicos apresentam alterações na microbiota bucal, com aumento de bactérias associadas à doença periodontal. Outro estudo publicado no Journal of the California Dental Association (2019) também alerta que o uso de vapes está relacionado a casos de gengivite, ressecamento da mucosa oral e inflamações recorrentes.
Além disso, a American Dental Association (ADA) declarou em 2023 que “os riscos à saúde bucal associados aos cigarros eletrônicos são preocupantes e ainda não totalmente compreendidos, mas já está claro que eles não são inofensivos”.
Além deste cenário, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o uso de dispositivos eletrônicos para fumar cresceu mais de 400% na última década entre jovens adultos, sendo muitas vezes erroneamente percebidos como seguros.
Apesar de terem ganhado popularidade como uma alternativa moderna e aparentemente menos nociva ao cigarro tradicional, os cigarros eletrônicos — também conhecidos como vapes — vêm preocupando especialistas em saúde pública e odontologia.
No Brasil, a comercialização de cigarros eletrônicos continua proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. No entanto, a facilidade de acesso ao produto por meios ilegais e o apelo estético dos vapes seguem impulsionando o consumo, especialmente entre adolescentes e jovens.
Esse cenário levanta um alerta importante em datas como o Dia Nacional do Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto: a falsa sensação de segurança que pode mascarar sérios danos à saúde — inclusive da boca.
De acordo com a OdontoCompany, maior rede de clínicas odontológicas do país, os malefícios dos vapes para a saúde bucal não devem ser subestimados. Assim como o cigarro comum, os dispositivos eletrônicos estão relacionados a problemas como gengivite, periodontite, ressecamento da mucosa oral, mau hálito, manchas nos dentes e até câncer bucal.
"Mesmo sem conter alcatrão ou queimar tabaco, os cigarros eletrônicos liberam substâncias tóxicas quando aquecidos, como nicotina líquida, propilenoglicol, glicerina vegetal e aromatizantes. Essas substâncias afetam os tecidos bucais e desequilibram a flora bacteriana da boca", explica OdontoCompany.
Confira a seguir dicas da OdontoCompany para preservar a saúde bucal e evitar os riscos do vape:
- evite tanto o cigarro tradicional quanto os eletrônicos: nenhum deles é seguro para a saúde bucal ou geral;
- mantenha visitas regulares ao dentista: o acompanhamento profissional é essencial para detectar precocemente alterações nas gengivas, mucosas e dentes;
- fique atento aos sinais do corpo: sangramentos, aftas recorrentes, mau hálito constante e dor nas gengivas devem ser investigados;
- busque apoio para parar de fumar: existem métodos eficazes e acompanhamento médico especializado para quem deseja abandonar o vício;
- cuidado com a automedicação: o uso de enxaguantes ou remédios por conta própria pode mascarar problemas sérios.
Neste Dia Nacional de Combate ao Fumo, a OdontoCompany reforça que o cuidado com a saúde bucal também passa por escolhas conscientes e bem-informadas. Os cigarros eletrônicos não são inofensivos — e podem causar prejuízos tão sérios quanto os produtos tradicionais à base de tabaco.
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